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Por que lembrar Tiradentes?

Encontramos hoje, embora que numa intensidade reduzida, milhares de Tiradentes que, assim como aquele do interior de Minas Gerais, bravam por liberdade e respeito. São brasileiros que, como o dentista destemido do século XVIII, brigam todos os dias pelo sonho de um país melhor e mais justo. Qualquer semelhança com a indignação daquele homem e sofrimento do povo da época não deve ser considerada mera coincidência.
Nesse cenário de luta, destacamos a figura do policial militar, homem bravo e lutador que não se intimida diante dos desafios diários por uma vida melhor. Por esse espírito de garra e por sua semelhança com os bravos homens da segurança, Tiradentes foi escolhido como patrono dos PMs. Patriota, idealista e determinado, o Alferes Tiradentes possuía ainda, segundo historiadores, capacidade de organização e liderança. Honrou com sua própria vida valores éticos e morais.
Seu exemplo serve de motivação para a labuta diária dos policiais militares no cumprimento da missão constitucional, superando obstáculos existentes na garantia dos direitos à igualdade, à segurança, à liberdade e à vida com dignidade à sociedade. Seu amor pelo país era tão grande que desdenhava dos avisos para ser mais prudente pelo risco que sua vida corria. Materialmente, nada tinha a ganhar com a vitória. Seu desprendimento foi total, doou-se inteiramente ao sonho da liberdade e da soberania.
Em 2016, num cenário de incertezas e insegurança quanto a direitos já conquistados pela categoria, o espírito de Tiradentes deve ser ressuscitado, como forma de reacender a chama da luta. Afinal, Tiradentes foi um militar que deixou gravado em vida um verdadeiro livro em cujas páginas são descritas passagens que o enobrecem até a data presente. Conforme o escritor e jornalista Viriato Correia, “nenhum dos inconfidentes deu um passo. Só Tiradentes agiu, só. Tiradentes teve o desvairado sonho de separar o Brasil da Coroa. E o admirável é que não acusou ninguém”.